A história do circo e suas linguagens tradicionais e contemporâneas foram tema do workshop com a doutora em História e filha de artista circense Ermínia Silva
Por Gabriel Sales
Mestre, doutora em História pela Universidade Estadual de Campinas e filha de artistas de circo, Erminia Silva contou a história desta arte milenar, em workshop realizado na segunda-feira (19), no Teatro SESI-Mariana. O evento fez parte da programação do 2º. Encontro Internacional de Palhaços.
Segundo Erminia Silva, a linguagem circense sempre foi contemporânea, se considerado o contexto em que esteja em termos de época e local. Ela explicou que o circo utiliza várias vertentes artísticas, tais como teatro, música e dança. Nem mesmo a tecnologia é novidade, acrescentou a pesquisadora. Logo, dizer que o circo contemporâneo diverge do tradicional pelo manuseio de novas tecnologias e na miscelânea de vertentes artísticas é um equívoco.
A diferença entre as duas linguagens do circo são as pessoas que o fazem. E o divisor de águas entre as linguagens ditas “tradicionais” e “contemporâneas” foram a necessidade de as famílias circenses se fixarem e a abertura de escolas de circo.
Especialização
Mas é possível apontar outras características. Quando o circo era familiar, os artistas tinham a necessidade de conhecer seu trabalho por completo, desde as roupas que usam à acrobacia do companheiro. A partir dos anos 80, quando começou a discussão acerca do circo contemporâneo, os artistas se tornaram especializados somente em suas performances, devido à abertura das escolas circenses.
A partir da década de 50, várias famílias circenses viram a necessidade de se fixarem para que a quarta geração pudesse ter um ensino formal. “Até então isso era inconcebível”, afirmou a historiadora. Vários circenses abriram escolas de circo para essa geração, mas o público se tornou heterogêneo. “Havia a consolidação, a partir da década de 70, de escolas fora do contexto familiar”, lembrou Ermina. A primeira escola de circo a ser aberta no Brasil foi a Piolin, em São Paulo, em 1977; em seguida, em 1982, foi aberta a Escola Nacional de Circo, no Rio de Janeiro.
Ermina Silva afirma que a História é um diálogo, e que não se deve olhar o circo “tradicional” como algo morto. O modo de se fazer o circo muda, mas sua essência não. Como disse João Pinheiro, fundador do Circovolante, em coletiva aos estudantes de Jornalismo da Ufop, no último dia 12, “a cultura é viva, a cultura são as pessoas”.
Segundo Erminia Silva, a linguagem circense sempre foi contemporânea, se considerado o contexto em que esteja em termos de época e local. Ela explicou que o circo utiliza várias vertentes artísticas, tais como teatro, música e dança. Nem mesmo a tecnologia é novidade, acrescentou a pesquisadora. Logo, dizer que o circo contemporâneo diverge do tradicional pelo manuseio de novas tecnologias e na miscelânea de vertentes artísticas é um equívoco.
A diferença entre as duas linguagens do circo são as pessoas que o fazem. E o divisor de águas entre as linguagens ditas “tradicionais” e “contemporâneas” foram a necessidade de as famílias circenses se fixarem e a abertura de escolas de circo.
Especialização
Mas é possível apontar outras características. Quando o circo era familiar, os artistas tinham a necessidade de conhecer seu trabalho por completo, desde as roupas que usam à acrobacia do companheiro. A partir dos anos 80, quando começou a discussão acerca do circo contemporâneo, os artistas se tornaram especializados somente em suas performances, devido à abertura das escolas circenses.
A partir da década de 50, várias famílias circenses viram a necessidade de se fixarem para que a quarta geração pudesse ter um ensino formal. “Até então isso era inconcebível”, afirmou a historiadora. Vários circenses abriram escolas de circo para essa geração, mas o público se tornou heterogêneo. “Havia a consolidação, a partir da década de 70, de escolas fora do contexto familiar”, lembrou Ermina. A primeira escola de circo a ser aberta no Brasil foi a Piolin, em São Paulo, em 1977; em seguida, em 1982, foi aberta a Escola Nacional de Circo, no Rio de Janeiro.
Ermina Silva afirma que a História é um diálogo, e que não se deve olhar o circo “tradicional” como algo morto. O modo de se fazer o circo muda, mas sua essência não. Como disse João Pinheiro, fundador do Circovolante, em coletiva aos estudantes de Jornalismo da Ufop, no último dia 12, “a cultura é viva, a cultura são as pessoas”.
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