Por Ana Luísa Ruggieri, Marcelo Quintino e Thiago Guimarães
“Hoje tem gargalhada?! Tem sim senhor!”. A “bola da vez” é a risada, e a busca incessante pelo símbolo da felicidade não para. O “estimado” humor agrega muitos valores que a sociedade procura para refletir aquela gostosa sensação de bem-estar. Os “profissionais do riso” usam de vários mecanismos para chegar ao clímax da apresentação, a risada.
Os variados tipos de humor são representados pelos palhaços com diferentes enfoques de acordo com o espetáculo. Com críticas diversas, principalmente num âmbito político, o “humor crítico” agrega a essência da profissão, com representações, manifestações e discursos de cunho social.
Para o artista circense João Pinheiro, do Circovolante, qualquer tipo de humor é complexo de se realizar. “Nós gostamos de trabalhar com a crítica política e o ‘humor negro’, por meio de piadas e histórias. Ao longo da nossa trajetória, não perdemos o nosso estilo, sempre buscando novas atrações”.
O “humor negro” se instala implicitamente nas piadas que geram choque no público pelo emprego de elementos mórbidos em situações trágicas. Os palhaços bufões representam bem essa categoria, pois são de uma maneira geral, marginalizados, grotescos, debochados e irônicos. Esse gênero humorístico é exemplificado nas apresentações do Circovolante, pelo palhaço “Juaneto”.
De acordo com o palhaço Xisto Siman, a arte é a principal vertente do grupo. “O que abordamos em nossos shows é reflexo dos problemas da sociedade e uma tentativa de fugir do que chamamos de ‘cultura reta’, com críticas, principalmente, ao sistema político, juntamente com a arte da alegria”, afirma o comediante.
Disponível para todas as idades, o humor não carrega pré-conceitos e nem é uma atividade exclusiva de determinado indivíduo. A arte do riso se estende a toda a sociedade e é fruto de uma tentativa de se extrair da realidade social algo de cômico em que o divertimento se apodera das demais situações.
Ana Luísa, Marcelo e Thiago. Bela inauguração de textos no blog! Parabéns!