As “acrobacias mentais” de Ermínia Silva
Por Gabriel Sales, Érica Pimenta, Jessica Peruch, Laís Queiroz e
Walkiria Teodoro
Walkiria Teodoro
Filha de circenses, por parte de pai (“um acrobata equestre incrível”), Ermínia Silva faz parte da quarta geração brasileira de circo. Em uma família de 14 primos, nenhum seguiu a carreira artística para estudarem no ensino formal, o que era inconcebível até a geração do pai dela, Barry Charles Silva, do Circo-teatro Variedade Irmãs Silva, iniciado no século XIX pelo bisavô de Ermínia, e que teve diversos nomes.
Apesar de seguir o “dito” ensino formal, ao invés de ser artista circense, Ermínia nunca largou o circo: é uma das historiadoras mais importantes da área no Brasil – uma amiga já a chamou de “acrobata mental”. Sua curiosidade sobre a história da qual faz parte veio a partir de uma jornalista, que a entrevistara sobre a trajetória do circo.
Como a transmissão dos saberes entre as famílias circenses era oral, não havia dispositivos para pesquisa que não a entrevista. Então, Ermínia foi buscar sua história com suas tias-avós e, na continuidade, tornou-se doutora no tema.
Pesquisa
Já publicou os livros “Circo-Teatro: Benjamim de Oliveira e a Teatralidade Circense no Brasil”, e “Respeitável público... o circo em cena” – como co-autora --, ambos publicados pela editora Altana.
Partindo dos seus relatos e de pesquisas em jornais e livros, a professora estudou a maneira como os vários grupos circenses foram chegando ao Brasil e por aqui foram ficando. Acrescenta: “Nesta pesquisa percebi a riqueza de temas que o mundo circense permite para ser estudado, desde os ‘causos’ que nós circenses escutamos e vivenciamos o tempo todo, até os temas criança, educação circense e seus métodos, família, mulher, arquitetura, teatro, música, entre outros”.
A pesquisadora diz que não é possível generalizar as análises sobre o modo como os artistas usavam ou usam os espaços públicos no Brasil do século XIX ao XXI. Houve e há diferentes formas de adaptações e uma diversidade grande de expressões artísticas.
Ermínia conta que desde pequena, foi acostumada a ouvir relatos de fatos e situações que iam mostrando o quanto o circo era um lugar muito particular, no qual se produzia toda uma sabedoria própria, muitas vezes desconhecida pelos próprios circenses.
E, o que era mais interessante de tudo, é que essa aprendizagem era adquirida no interior do mundo da lona, principalmente pela tradição oral. Não havia uma metodologia. O conhecimento era passado de geração em geração, de pai para filho, intermediado pela memória.
Assim, o processo pedagógico de aprendizagem, se dava diariamente, era a condição de estar no circo. “Ser artista significava dominar todas as expressões artísticas: saltar, cantar, dançar, representar ”, conta a pesquisadora.
Confira a coluna de Ermínia Silva no site: http://www.circonteudo.com.br
Apesar de seguir o “dito” ensino formal, ao invés de ser artista circense, Ermínia nunca largou o circo: é uma das historiadoras mais importantes da área no Brasil – uma amiga já a chamou de “acrobata mental”. Sua curiosidade sobre a história da qual faz parte veio a partir de uma jornalista, que a entrevistara sobre a trajetória do circo.
Como a transmissão dos saberes entre as famílias circenses era oral, não havia dispositivos para pesquisa que não a entrevista. Então, Ermínia foi buscar sua história com suas tias-avós e, na continuidade, tornou-se doutora no tema.
Pesquisa
Já publicou os livros “Circo-Teatro: Benjamim de Oliveira e a Teatralidade Circense no Brasil”, e “Respeitável público... o circo em cena” – como co-autora --, ambos publicados pela editora Altana.
Partindo dos seus relatos e de pesquisas em jornais e livros, a professora estudou a maneira como os vários grupos circenses foram chegando ao Brasil e por aqui foram ficando. Acrescenta: “Nesta pesquisa percebi a riqueza de temas que o mundo circense permite para ser estudado, desde os ‘causos’ que nós circenses escutamos e vivenciamos o tempo todo, até os temas criança, educação circense e seus métodos, família, mulher, arquitetura, teatro, música, entre outros”.
A pesquisadora diz que não é possível generalizar as análises sobre o modo como os artistas usavam ou usam os espaços públicos no Brasil do século XIX ao XXI. Houve e há diferentes formas de adaptações e uma diversidade grande de expressões artísticas.
Ermínia conta que desde pequena, foi acostumada a ouvir relatos de fatos e situações que iam mostrando o quanto o circo era um lugar muito particular, no qual se produzia toda uma sabedoria própria, muitas vezes desconhecida pelos próprios circenses.
E, o que era mais interessante de tudo, é que essa aprendizagem era adquirida no interior do mundo da lona, principalmente pela tradição oral. Não havia uma metodologia. O conhecimento era passado de geração em geração, de pai para filho, intermediado pela memória.
Assim, o processo pedagógico de aprendizagem, se dava diariamente, era a condição de estar no circo. “Ser artista significava dominar todas as expressões artísticas: saltar, cantar, dançar, representar ”, conta a pesquisadora.
Confira a coluna de Ermínia Silva no site: http://www.circonteudo.com.br
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