“Café Pequeno da Silva e Psiu!” encerra 2º. Encontro Internacional de Palhaços em espetáculo surpresa, na Praça do Jardim
Por Adriana Bravin
Especial para Tribuna da Palhaçaria
Lugar consagrado às artes circenses durante a semana do Circovolante – 2º Encontro Internacional de Palhaços, a Praça Gomes Freire, a popular praça do Jardim, em Mariana, se despediu ontem à tarde do picadeiro de mentirinha montado com lona no chão e marcado com pó de giz.
“Café Pequeno da Silva e Psiu!”, espetáculo solo de Richard Righetti, do Grupo Off-sina, do Rio de Janeiro, encerrou, de surpresa, o evento, já que sua apresentação não estava prevista na programação – ele fez o número em Ouro Preto, mas pediu à organização para repetir a dose em Mariana.
Com maestria, Richard transportou a plateia de adultos e crianças à magia do circo, à ingenuidade do palhaço, com números consagrados, provocando encanto e espanto no olhar das crianças. Além, claro, de risadas e muitos aplausos. Tudo isso em uma hora e meia de espetáculo com um palhaço que parecia saído de um pequeno circo de uma cidade do interior, como Mariana.
Brincadeiras
O encontro inusitado com o espetáculo circense na praça fez do empresário Wagner Caetano Bento, 32 anos, “marido” da marionete Magali por alguns minutos. O brincalhão Café Pequeno “catou” Wagner na plateia e o levou ao centro do picadeiro para “brincar” de ser pai do filhote de Magali, um pássaro.
Nesse momento, o empresário, que por falta de tempo não pôde assistir nenhum espetáculo do Encontro de Palhaços, voltou a ser criança. Ainda que timidamente. “Dá vergonha”, confessou, depois, ao lado do filho Eduardo, de 7 anos.
Já a técnica em mineração Adriany da Silva Bernardes, 40 anos, que saiu de casa para tomar sorvete com o filho Vitor, de 5 anos, sentiu-se lisonjeada com o “galanteio” de Café Pequeno. Levada ao picadeiro de mentirinha pelo palhaço, Adriany ganhou flor de plástico e coração de bexiga. “Adorei!”, exultou.
Algodão doce
Quem também parou para ver o palhaço foi o vendedor de algodão doce Davi Belo, 47 anos, morador do Bairro Rosário, em Mariana. Sem saber do evento na cidade, Davi estava feliz com o resultado das vendas: naquela tarde só restavam 24 dos 120 palitos com algodão doce que ele prepara e vende. “Só hoje faturei cento e dois reais”, contabilizou Davi.
Agradecido ao palhaço, fez questão de doar R$ 1,00 quando Café Pequeno passou o chapéu, aliás, fez "magicamente" o público se dirigir ao chapéu. “O trabalho dele tá dando dinheiro pra mim”, disse Davi, satisfeito. Quem também doou foi “o rapaz da batata e do hot dog”, gritou Café Pequeno, com o chapéu já abarrotado de notas e moedas. “Na rua não se cobra entrada, só saída”, disse, despedindo-se da plateia que não queria ir embora.
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