Por Pedro Fernandes e José Pedro Bezerra
A saga em busca do sucesso e do amor do público guiaram o artista Márcio Libar e seu personagem, Palhaço Cut-cut, no espetáculo “O Pregoeiro”, apresentado nesta quarta-feira (21), às 21h, na Praça da Sé, em que mensagens valorosas e o poder do ordinário são mostrados.
O artista inicia sua apresentação com um diálogo com a plateia, justificando seu nome artístico, Libar (junção de Lima com Barbosa), mas que depois de se batizar como tal descobriu que a palavra já era um verbo, sinônimo de beber e gozar. Depois de ensaiar e realizar sua entrada triunfal, com o público jogando serpentina sobre ele, Márcio apresentou um espetáculo estilo stand up, levando o público às gargalhadas.
Sempre buscando ser um artista reconhecido e amado, Márcio explica a necessidade de confeccionar um número que conquistasse o público. Espelhou-se no estilo faraônico do Cirque Du Soleil e produziu um número “Afro” de malabarismo com Facas Marroquinas. Graças a um amigo crítico, que lhe disse que seu número não tinha “contexto”, ele desistiu dessa apresentação e continuou sua busca pelo sucesso.
Até que descobriu que ele só o alcançaria quando abraçasse sua condição “ordinária” e assumisse a postura de perdedor, a postura do palhaço. Nasce assim o Palhaço Cut-cut, infantilizado com a delicadeza e sensibilidade de uma criança.
O palhaço brincalhão fez uma performance com o diabolô (brinquedo antigo originário da China) e uma clássica brincadeira de jogar água em seu assistente, Fabrício Dorneles, que no final deu o troco com a mesma moeda. Na saída do Palhaço Cut-cut (e volta do artista Marcio Libar), ele distribuiu flores ao público para frisar a ideia de que o palhaço deve ser o “herói do século XXI”, sem armas, sem super poderes, só com generosidade e gentileza.
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