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segunda-feira, 26 de abril de 2010 às 21:49 Postado por Tribuna da Palhaçaria 0 Comments

Após 16 dias de evento, mais de 40 horas de alegria, e com a presença de 60 artistas circenses, o Circovolante – 2º. Encontro Internacional de Palhaços fecha a cortina e encerra o espetáculo

Por Fernando Ciríaco e Rafael Câmara

Depois de dezesseis dias de muitas risadas, cenas emocionantes e espetáculos comoventes, chegou ao fim neste domingo (25) o 2º. Encontro Internacional de Palhaços. Promovido pelo grupo Circovolante, o evento contou com diversas atrações nacionais e internacionais que trouxeram para Mariana e Ouro Preto um público (segundo os próprios artistas) generoso, acolhedor e participativo, além da alegria e a diversão do circo.

Em uma época em que o circo perde sua popularidade, os espectadores do Encontro de Palhaços demonstraram grande satisfação em assistir espetáculos bem trabalhados no espírito circense. “Nasci no interior de São Paulo e lá isso não existia. Só via artistas assim na televisão. Aqui, eles trazem espetáculos de qualidade para as ruas. Vale a pena assistir”, disse a advogada Mariana Boni, que veio de São Paulo para assistir aos espetáculos.

O ator Vagner Pires também reconheceu a importância do trabalho dos organizadores do Encontro. “O trabalho do Circovolante é fantástico. Fizeram tudo com muita garra e amor pela arte e, por isso, estão de parabéns”, elogiou.


O público teve ainda um encontro com um palhaço veterano, o Palhaço Alegria (na foto), de 76 anos, artista já consagrado na arte do circo. Foi o caso da farmacêutica Maria de Lourdes, do Rio de Janeiro. “Fiquei sabendo do espetáculo quando estava em Ouro Preto passando o feriado. Acho uma ótima iniciativa. Vi o Palhaço Alegria ainda em atividade e me deu saudade do palhaço Carequinha. Alimentar essa lembrança é muito importante”, ressaltou.

Diversão


As apresentações não foram menos interessantes para os artistas, pois segundo Marisa Riso e Rafael Marques, “o público é muito receptivo, generoso”. “Aceitam o artista estando na rua ou no palco, com ou sem nariz. Reagem a tudo e estão sempre dispostos a participar, afinal de contas, eles é que ditam o ritmo do espetáculo. Nós (palhaços) trazemos 50% e eles dão os outros 50%”, concluem.

Para o palhaço espanhol Pepe Nuñez, que também participou do Encontro, “o palhaço sempre procura um jeito de se aliar ao público, e o público de Mariana já vem com essa disposição”. “Eles são aliados do artista e isso facilita o trabalho”, afirmou.

Os artistas reconheceram também a importância de trazer de volta o acesso das pessoas ao circo, que em Mariana se deu por meio de espetáculos em praças públicas e no teatro. O “capitão” Marcio Libar, que ministrou a oficina O Riso In Formação e apresentou o espetáculo “O Pregoeiro”, destacou esse diferencial. “No Rio (de Janeiro), quando saio para passear no domingo, vejo pessoas de todas as idades buscando lazer e as praças já não têm sido mais usadas pra isso. A humanidade vai carecer desses encontros, vai existir a necessidade dela se reencontrar, por isso, é necessário resgatar encontros como esse”.

Pepe Nuñez, por sua vez, enfatizou o fato de a arte do circo viver, atualmente, no teatro. “Nós temos que ter em conta que, hoje em dia, é muito difícil manter uma lona de circo, pois é muito caro e temos cada vez menos espaço nas cidades para apresentações desse tipo. Mas o circo hoje vive no teatro. Eu, por exemplo, nunca trabalhei no circo, vim do teatro, e muitos artistas do circo estão vindo para o teatro. Portanto, hoje, a arte do circo vive no teatro”.

Avaliação

Um dos organizadores do Encontro e integrante do Circovolante, João Pinheiro (na foto), salientou a importância de se trabalhar com todos os “estratos da sociedade”. “Nos espetáculos do Circovolante nós temos como espectadores médicos, mecânicos, advogados, empregadas domésticas, enfim, todo mundo está ali assistindo”.

Pinheiro deixou claro, também, a importância na forma da divulgação dos trabalhos: “Independente da arte que você faça, o importante é chegar nas pessoas. E como nós assumimos fazer arte popular, é importante dizer que as pessoas, diferente do que dizem, gostam sim de teatro. Elas não são devidamente convidadas a participar dos espetáculos.”

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