Na rua ou no picadeiro, o profissional do riso possui um único objetivo: fazer a alegria de sua plateia
Por Maysa Souza, Lorena Silva e Thaís Frossard
No picadeiro, sua caracterização é o típico nariz vermelho, rosto pintado e histórias já planejadas. Na rua, suas fantasias variam e, como o público é diverso, o segredo é estar preparado para o improviso.
Quando se trata de circo, a tradição da “palhaçada” passa como herança de pai para filho, afirma João Pinheiro, um dos integrantes do Circovolante: o palhaço de circo tem uma cultura de tradição.
O artista que tem o seu trabalho realizado na rua precisa estar sempre ligado na atualidade, na mídia, procurando renovar tanto seu vocabulário quanto sua maneira de encenar. “O mais importante na rua é a capacidade de improvisação do palhaço”, ensina Pinheiro. Mas, não é só isso, pois é preciso ter uma oratória muito boa, e dominar a técnica de sedução.
Uma vantagem que o artista de picadeiro possui em relação ao seu parceiro de rua é que o público do circo já está no local para vê-lo. Já o outro precisa usar de técnicas variadas para prender a plateia.
O palhaço Xisto, também do Circovolante, explica outra diferença sobre os dois personagens: “No picadeiro, quando o palhaço faz um gesto, ele precisa ser maior para atingir a todos. Na rua, precisa ter mais jogo de cintura, pois o cachorro pode entrar na cena, o bêbado começar a dançar.”
Para o palhaço Odécio Júnior, da companhia Lua Crescente, “o improviso do palhaço de picadeiro é de certa forma planejado, pois ele já espera o que vai acontecer no espetáculo. O de rua é obrigado a estar sempre pronto para o inesperado, e o time dos dois é diferente”.
Mesmo com as diferenças de espetáculos e espalhados nos mais diversos ambientes, os palhaços possuem um único objetivo: fazer a alegria de sua plateia.
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